A Importância das Terminologias e Ontologias na Saúde: Padronização, Interoperabilidade e Suporte à Inteligência Artificial
- Vivian Furlan
- 2 de abr.
- 3 min de leitura
Descubra como terminologias (SNOMED CT, LOINC, CID-11) e ontologias (OBI, GO) revolucionam a saúde digital, melhorando interoperabilidade, segurança do paciente e inteligência artificial.
Imagine um médico que precisa acessar o histórico de um paciente atendido em outra cidade. Se os sistemas de saúde utilizarem terminologias diferentes, a interpretação dos dados pode ser comprometida, colocando em risco o diagnóstico e o tratamento. Essa falta de padronização impacta diretamente a qualidade do atendimento, a segurança do paciente e a tomada de decisão clínica.
Neste artigo, vamos explorar como terminologias e ontologias estruturam a informação na saúde, garantindo interoperabilidade, precisão na tomada de decisão e avanço na inteligência artificial.

O que São as Terminologias em Saúde e Por Que Elas São Cruciais?
As terminologias são os conjuntos padronizados de termos usados para descrever condições clínicas, exames, procedimentos e medicamentos. Elas garantem que diferentes sistemas "falem a mesma língua", permitindo a troca eficiente de informações entre profissionais de saúde e softwares.
Principais Terminologias em Saúde:
SNOMED CT – Para estruturação de conceitos clínicos.
LOINC – Para padronização de exames laboratoriais e clínicos.
CID-11 – Classificação Internacional de Doenças.
ICHI – Classificação de procedimentos em saúde.
RxNorm – Padronização de medicamentos.
Benefícios do Uso de Terminologias:
Facilita a troca de informações entre sistemas eletrônicos de saúde.
Melhora a qualidade dos dados para pesquisas e análises epidemiológicas.
Reduz erros de interpretação e redundância nos registros.
Apoia a inteligência artificial, fornecendo dados estruturados e confiáveis.
Ontologias na Saúde: Organizando o Conhecimento de Forma Inteligente
Enquanto as terminologias padronizam os termos, as ontologias estruturam o conhecimento ao estabelecer relações entre conceitos. Isso possibilita inferência de novos conhecimentos e suporte à tomada de decisão clínica.
Exemplos de Ontologias na Saúde:
Ontology for Biomedical Investigations (OBI) – Representa investigações biomédicas.
Gene Ontology (GO) – Estrutura informações sobre genes e funções biológicas.
Ontologia Brasileira de Medicamentos (OBM) – Padroniza conceitos relacionados a medicamentos no Brasil.
Como as Ontologias Contribuem para a Interoperabilidade:
Aprimoram a busca semântica, permitindo que sistemas interpretem conceitos de forma mais profunda.
Facilitam a integração entre terminologias, assegurando compatibilidade entre padrões de dados.
Impulsionam a inteligência artificial ao fornecer contexto para algoritmos de aprendizado de máquina.
Desafios na Implementação de Terminologias e Ontologias
Apesar dos benefícios, a adoção dessas ferramentas enfrenta desafios como:
Resistência dos profissionais de saúde, que nem sempre estão familiarizados com os conceitos.
Limitações tecnológicas, especialmente em sistemas legados.
Problemas de mapeamento entre diferentes terminologias.
Necessidade de governança e atualização constante dos dados.
Boas Práticas para Superar as Barreiras:
Utilização de servidores de terminologia, como FHIR Terminology Server.
Aplicar técnicas de mapeamento semântico para garantir a coerência entre padrões.
Capacitar profissionais de saúde e desenvolvedores para um uso eficiente das terminologias.
Adotar abordagens de interoperabilidade baseadas em FHIR + SNOMED CT + LOINC.
Conclusão
A padronização através de terminologias e ontologias é essencial para um ecossistema de saúde digital mais eficiente e seguro. Além de facilitar a comunicação entre sistemas, melhora a qualidade do atendimento, impulsiona pesquisas e viabiliza soluções avançadas de inteligência artificial.
A implementação bem-sucedida dessas ferramentas depende da colaboração entre profissionais de saúde, cientistas de dados e desenvolvedores de TI. Somente com uma abordagem coordenada e estratégica será possível avançar na informatização da saúde e garantir os melhores resultados para pacientes e instituições.
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